16/11/2009

Booka Shade @ Act Club no Porto:

Com uma agenda incrivelmente ocupada, os "Booka Shade" encontram-se num dos anos de maior sucesso. À semelhança do lançamento de "The Sun & The Neon Light", o seu mais ambicioso e completo álbum até ao momento, eles embarcaram numa outra exaustiva World Tour, cimentando a sua reputação como uma das mais fantásticas actuações ao vivo, sendo nomeados pela "Resident Advisor" como o 5º melhor Live Act em todo o mundo.
Habituando-nos sempre a sonoridades que concedem uma outra perspectiva ao house e ao techno, caminhando entre o house de Chicago, o minimal, o electro, conferindo-lhes uma perspectiva de vanguarda e futurista, a dupla "Booka Shade" volta a Portugal. Mais uma produção da "Connect", dia 7 de Dezembro, véspera de feriado, é a data a não esquecer.
O "Act Club", na zona industrial do Porto, será o palco deste grande evento e aparte dos "Booka Shade", contará ainda com as actuações de "Miguel Rendeiro" e "Freshkitos".
O preço do bilhete é de 12€ na pré-venda e de 17€ no dia do evento. Para além disso, até às 02h00 haverá ainda a oferta de uma Vodka.

Depeche Mode no Pavilhão Atlântico:

Ainda “Gomo” varria o palco de um lado ao outro a apresentar o seu "Nosy" e já o Pavilhão Atlântico estava bem recheado. Contra todas as adversidades (a chuva lá fora, o futebol na televisão), Portugal acorreu em massa para assistir ao segundo concerto dos "Depeche Mode" na sala ribeirinha: três horas antes da subida ao palco dos protagonistas, já a fila para entrar na sala era considerável.
Os Depeche Mode que hoje subiram ao palco estão diferentes e isso notou-se, à saída, nos comentários de alguns fãs que viram também a actuação de 2006. Dave Gahan continua a ser um anfitrião ímpar, Martin L. Gore e Andrew Fletcher continuam a dar o litro, mas a voz do líder começa a denotar algum cansaço. Não foram poucas as vezes que o cantor deixou a multidão cantar os refrões dos hinos maiores da banda e em "Wrong", o primeiro single do álbum que serve de pretexto à actual digressão, além de ter entrado fora de tempo, algo mais pareceu estar "errado".
O público, no entanto, não se preocupou minimamente e rendeu-se sem reservas à arte dos britânicos. Apesar de o álbum editado este ano, “Sounds of the Universe” dar o nome à digressão, a banda retirou dele apenas quatro temas, com três deles logo a abrir: a dança sedutora de "In Chains" alimentou a euforia do início de espectáculo com os seus ritmos penetrantes, "Wrong" mostrou a força da alma gótica da banda em imagens ultra-saturadas projectadas no ecrã gigante (e tirou proveito de ser êxito recente para deixar o público a rebentar em aplausos) e "Hole To Feed" hipnotizou em dança sedutora. "Miles Away/The Truth Is" chegaria um pouco mais para a frente, confirmando o que já se sabia: é provavelmente um dos momentos menos inspirados das canções mais recentes da banda.
O regresso ao passado começou com o maravilhoso "Walking in My Shoes" atentamente observado por um olho de corvo projectado no globo/planeta gigante suspenso por cima do palco. "Question of Time", o tema que se seguiu, provou mais uma vez que a grande força dos Depeche Mode prende-se com a quantidade impressionante de canções que envelheceu com a mesma magia e fôlego que tinham quando primeiramente se deram a conhecer. Gahan deu então início ao exorcismo dos seus fantasmas das melhores formas que sabe: com o corpo, a dançar, e com a voz, a cantar.
"Precious" marcou a única abordagem ao soberbo Playing the Angel , registo de 2005, e a reacção do público não poderia ter sido melhor, contagiando depois "World in My Eyes" e os seus ritmos exóticos. O grande exercício synth pop que é "Fly on the Windscreen", de Black Celebration deu o mote para o primeiro período introspectivo da noite, brilhantemente servido por Martin L. Gore: o encantatório "Sister of Night" e a balada delicodoce "Home" deixaram o público em êxtase.
"Policy of Truth" marcou o regresso de Gahan ao palco e o grosso da plateia, visivelmente sub-30, manteve-se em alta (cantando a plenos pulmões) com "It's No Good". Os arranjos quase irreconhecíveis de "In Your Room" levaram muita da audiência nas bancadas a sentar-se, apenas para se levantar logo de seguida para celebrar o hino "I Feel You".
A loucura de "Enjoy the Silence", novo coro cantado a plenos pulmões, deixou antever o final do corpo principal do alinhamento em versão dançável, com Gahan a servir de maestro na passadeira que o leva para bem junto do público, mas ainda houve tempo para deixar água na boca com "Never Let Me Down Again" - com direito a ginástica braçal e um agradecimento que soou a "até já".
O encore teve início com o momento de introspecção "One Caress" - Martin L. Gore mais uma vez brilhante - e a sequência que colocou o ponto final no espectáculo fez-se sempre em registo ascendente. "Stripped" foi momento solene, "Behind the Wheel" envolveu a sala com os seus ritmos misteriosos e, a terminar em grande, o inevitável "Personal Jesus" levou à histeria generalizada.
Iguais a si próprios, mas com a idade de Dave Gahan a começar a pesar-lhe na voz, os Depeche Mode conquistaram mais uma vez o Pavilhão Atlântico e redimiram-nos do concerto cancelado na versão portuense do Super Bock Super Rock. Só não terão mesmo ficado reconciliados com a banda aqueles que não puderam vir do Porto para assistir. Haverá, com certeza, mais ocasiões.



Alinhamento:

In Chains
Wrong
Hole to Feed
Walking In My Shoes
Question of Time
Precious
World In My Eyes
Fly on the Windscreen
Sister of Night
Home
Miles Away/The Truth Is
Policy of Truth
It's No Good
In Your Room
I Feel You
Enjoy the Silence
Never Let Me Down Again
Encore:

One Caress
Stripped
Behind the Wheel
Personal Jesus

13/11/2009

Conhece aqui o cartaz do festival Super Bock em Stock:

A "Música no Coração", anunciou esta tarde o cartaz da segunda edição do festival "Super Bock em Stock".
Vê abaixo a programação do evento que vai animar a Avenida da Liberdade, nos diaa 4 e 5 de Dezembro.
Os horários estarão disponíveis em breve.
Em conferência de imprensa, foi anunciado que "Legendary Tiger Man" irá estrear, neste evento, o documentário sobre 'Femina', o seu novo disco, e que o Parque de Estacionamento do Marquês de Pombal irá funcionar como espaço After Hours. Quanto ao Terraço do Hotel Tivoli, receberá actuações sobretudo acústicas.
O bilhete único custa 40 euros e dá acesso a todos os concertos, na medida da lotação de cada sala.

-4 de Dezembro-
Teatro Tivoli:
Legendary Tiger Man
Ebony Bones

São Jorge - Sala 1:
Wild Beasts
Voxtrot

São Jorge - Sala 2:
Easyway
Mikkel Solnado
+ vencedor do Termómetro Unplugged

Maxime:
Wave Machine
Blacklist

LA Caffé:
Frankie Chavez
Os Quais

Terraço do Hotel Tivoli:
Federico Aubele
Samuel Úria

Parque de estacionamento Marquês do Pombal:
Orelha Negra
Marcelinho da Lua

-5 de Dezembro-
Teatro Tivoli:
Little Joy
Beach House
Mazgani

São Jorge - Sala 1:
Patrick Watson
The Invisible
Os Golpes

São Jorge - Sala 2:
Piano Magic
Oioai
João Só e os Abandonados

Maxime:
Juan Maclean DJ Set
Mocky

LA Caffé:
Pássaro Cego
Luísa Sobral

Terraço do Hotel Tivoli:
Piers Faccini
Noiserv

Parque de estacionamento Marquês do Pombal:
Kap Bambino
Zé Pedro DJ set
Pedro Ramos